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sentimento

    Saio de casa em um dia qualquer, um dia monótono, que independente do que acontecer ele vai continuar uma bosta, porque na minha visão vai ser um dia que não vai acontecer nada de importante, um dia cinza, sem cor, sem sentimento e emoções, onde a única emoção é o medo, o medo constante, o medo de continuar assim, de pedir ajuda, de andar na rua olhando pros lados, de não sentir mais nada, amor, ódio, sempre ficar no meio termo, sem se sobressair.     Há um ano existia a vontade maior de vencer, o pensamento no futuro, como uma partida de qualquer coisa, o que está ganhando recua, o que está perdendo pressiona e ataca, se empatar os dois tentam ganhar e no caso tem eu que sou o reserva que está lá de apoio assistindo as coisas acontecerem esperando a sua chance mesmo não  querendo admitir sabendo que talvez ela não exista.     E agora estamos aqui, eu escrevendo e você lendo fingindo que está tudo bem, escondendo o que sentimos, nos escondendo para não assustar os outr

só um

                                                                                            Um dia chuvoso, eu, a enorme fila da padaria e meu simples pensamento de “nossa, por que tá demorando tanto essa fila? Só queria pegar dois pães pro café!”. E nesse meio tempo esperando, comecei a analisar esse meu pensamento “só dois pães”, ou melhor, sobre essa palavra “só”, que ideia queria passar com isso, que era uma coisa simples? Uma coisa insignificante? Como assim? Nada é tão fácil, você já pensou quantas pessoas trabalharam para formar um ou dois pães?      Nunca NADA vai ser “só” porque não é assim que as coisas funcionam, independente da gente saber ou não caminho das coisas. E nós não fazemos isso com uma ou duas coisas, fazemos com a maioria, e assim desvalorizamos o trabalho dos outros sem perceber, por que já virou um habito. Para esse mesmo pão que desvalorizamos, várias pessoas perderam uma parte de sua vida para contribuir pra produção dele, e o colocamos na m